sábado, 20 de julho de 2013

– 07. O PREFEITO BOM ADMINISTRADOR NAS IMPREVISIBILIDADES DAS DECISÕES*

Otacílio Parras Assis
Tido excelente profissional médico, de aguçado tino para negócios, excelente administrador de bens pessoais, homem rico, com ambição em ser prefeito. 
Disputou em 2004 contra Adilson Donizeti Mira e perdeu; em 2008 foi derrotado pela vice-prefeita Maura Soares Romualdo Macieirinha - a indicada por Donizeti Mira.
Persistente, e seus opositores políticos já desgastados por escândalos administrativos e improbidades envolvendo o líder maior Adilson Donizeti Mira, em 2012 Otacílio ganhou fácil de Maura - candidata à reeleição. Para muitos eleitores uma surpresa Mira, tido bom de voto, não ter se candidatado, talvez temendo condenação em segunda instância pelos tantos processos.
Todos esperavam de Otacílio um bom governo, mas não ignoravam as imprevisibilidades dele, homem de temperamento difícil e centralizador. Fez um excelente governo, equilibrado, uma equipe coesa, governo de portas abertas, totalmente inovador.
Tão bom foi o governo de Otacílio que em 2016, pretendendo mais quatro anos à frente do executivo, enfrentou Adilson Donizeti Mira e obteve vitória esmagadora, com quase 80% dos votos. A popularidade e eficiência de Otacílio, 2013/2016, venceu fácil a fragilidade de Mira, processado e condenado pela Justiça, e debatendo-se com outros processos e escândalos político-administrativos.
No final do primeiro mandato, Otacílio, já reeleito, veio à tona o desfalque milionário no cofre municipal praticado pela tesoureira [demitida] Sueli Feitosa, sendo os desvios endereçados à própria e familiares, que no entanto justificou-se que os desvios começaram por ordem do ex-secretário de administração municipal, Ricardo Moral, em nome do 'chefe', o prefeito municipal, à época do primeiro mandato do então o Adilson Donizeti Mira, e que as práticas ocorreram nos dois mandatos de Mira, também o de sua sucessora Maura e praticamente todo o primeiro de Otacílio, envolvendo inclusive funcionário de confiança deste.
Para alguns Sueli seria incapaz de praticar o ato sozinha, para outros ela envolveu nomes para aliviar culpa, ou, ao menos, deixar suspeições.
Otacílio, abalado com os acontecimentos, renunciou ao cargo em 14 de março de 2017, protocolizando pedido junto à 'Câmara Municipal', para retroceder horas depois, e retornar para a prática de um bom governo voltado às obras e realizações, no entanto com instabilidades nos cargos de confiança, em constantes modificações, e nas decisões políticas vistas contraditórias e teimosas, interferindo nos trabalhos camarários com o grupo situacionista que lhe é dócil.
Mas, de modo geral, o segundo mandato não lhe tem sido fácil, num briga desgastante com o jornal Debate e alguns outros órgãos de imprensa que o acusam de beneficiar apaniguados e favorecer parte da imprensa, com recursos públicos, e a ele submissa. Enfrenta críticas de oposicionistas individuais e algumas denúncias chegaram ao Ministério Público, sem afetações até outubro de 2019, mantendo alto índice de opinião pública como administrador probo. 
Ao final de seu mandato em outubro de 2020, Otacílio era considerado o melhor administrador público municipal de Santa Cruz do Rio Pardo, em todos os tempos, com consciência e autopropagador dito, considerado um tocador de obras e de grandes realizações, todavia, sem a envergadura política de um Leonidas Camarinha, Lucio Casanova Neto, Onofre Rosa de Oliveira, Carlos Queiroz ou Joaquim Severino Martins. 
Independente de ser um prefeito realizador reconhecido, os adversários tacham-lhe 'coronel moderno', cujas armas seriam os microfones das rádios sujeitadas, envolvido na luta para fazer o sucessor e, como já declarou, em 2024 outra vez disputar a prefeitura municipal. Os adversários políticos disputantes do pleito municipal de 2020, no entanto, não ousam critica-lo, antes, consideram-no bom administrador apesar das impulsividades e nada político; apenas, dizem que é possível fazer mais por Santa Cruz do Rio Pardo.
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*Os comentários neste capítulo, juízos e críticas, são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião pública santa-cruzense.
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